30 maio 2013

A invasão dos brasileiros


Quando viajamos podemos encontrar paisagens bem diferentes. História e costumes também. Podemos comer coisas diversas, mesmo vivendo na era da globalização em que contamos com restaurantes e ingredientes do mundo todo em nossas cidades. Podemos encontrar aqui e ali umas lojas regionais exclusivas. Podemos ver manifestações culturais, sentir um clima bem mais frio, ver shows e espetáculos de teatro maravilhosos.
O que está ficando mais difícil de ver são as pessoas locais. Em quase todos os lugares por onde passei na Europa só via brasileiros. Em todas as ruas, nos restaurantes, nos hotéis, nos aeroportos, lá estão eles carregando as suas sacolas. Em segundo lugar os chineses. E bem depois, mas bem depois mesmo, turistas do resto do mundo.
Nos Estados Unidos é a mesma coisa. Esse é o resultado do nosso crescimento econômico com a crise econômica que estes países enfrentam. Por isso está sendo criada uma enorme estrutura para nos receber.
Soube que guias que falam português estão sendo disputados a tapa. Quase todos os garçons falam português. Vendedores idem. Cardápios em português espalhados. A nossa bandeira ficou popular por aqui, lojas de sandálias havaianas se espalham desenfreadamente.
Nos restaurantes existe até uma adaptação, chamada almoço brasileiro, onde o primeiro, o segundo e o terceiro pratos viraram um prato só e se feijão não tem, o arroz e a batata frita estão garantidos.
Para nós, e só para nós, é permitido o transporte de duas malas de 32 quilos cada, enquanto que para o resto do mundo só até 23. E todos capricham, colocam o peso limite e ainda trazem malas e sacolas nas mãos, pensei que fosse só nos States mas não, isso é muito mais compulsão do que oportunidade.

E soube que na alta estação (julho e agosto) é infinitamente pior, com todos os lugares muito mais lotados. Ouvi muitas histórias de invasões nesta viagem. Invasão dos Bárbaros, dos espanhóis, das tropas de Napoleão. Agora a Europa vive a invasão dos brasileiros e o seu alto poder de compra, bom para eles que precisam vender, mas nada bom para nós que queremos viajar e conhecer gente diferente.


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