23 outubro 2011

Oito e meia da madrugada



Eu não estou pensando com clareza. A noite foi movimentada aqui em casa hoje, ou ontem, porque eu me recuso a acreditar que hoje já é amanhã e eu nem dormi. Acordei atordoada com o barulho do show de Lady Gaga as 3 da manhã, que o marido resolveu assistir tomando umas e com o som, Bose - diga-se de passagem - no 10. Toda a tecnologia de ponta da Bose me colocando direto no Madison Square Garden onde Lady Gaga fazia sua performance. 

Uma hora e meia depois o marido resolveu ir dormir, eu já não consegui mais. Essa foi uma daquelas madrugadas que eu me dou conta da burrice que fiz e da enrascada que me meti. Pra que fui largar o emprego e mudar de cidade? Fui eu quem decidiu isso? Fui, fui eu mesma. Derrubei um castelo de areia que já tava bem adiantado, cansei daquela brincadeira e queria outra. Acho que tô cansando desta também, qual será a próxima? Não tenho a menor idéia ainda, o pior é isso. Acho que esta brincadeira não acabou ainda e não tenho certeza se quero ficar pra ver o fim. E agora?

Desci pra comer alguma coisa, ler um pouco e ver se o sono voltava. Chega o filho mais velho da rua; 5:30 da manhã. O que é que esse menino tanto faz na rua? Penso o pior e tento ser mais otimista, não tenho foras pra brigar e não digo nada. Pode ficar parecendo que nem me importo mas não é isso. Eu só quero o melhor pra ele. Que se torne a melhor versão dele mesmo que possa existir. Tento estar sempre por perto pra quando eles precisarem de ajuda, de carinho, de conselho, de um empurrãozinho, será que eles sabem disso?

7:00 é o filho mais novo que aparece,  já tomou banho e tá indo pra escola. Aula de recuperação de física no sábado pela manhã. Eu queria ser como ele. Sempre tão positivo, organizado, sensato e pontual, onde foi que esse menino aprendeu isso? Já nasceu sabendo.

Eu sou feliz, eu sei. Só não estou feliz agora, mas vou melhorar. Talvez amanhã, talvez ainda hoje depois que eu acordar.



By Claudia Teixeira, uma mulher pra lá de Incrível.
Administradora, prima, leitora e parceira na blogosfera com o Metidinhas.

4 comentários:

  1. Cau, que presente você me deu neste domingo de manhã. Muito obrigada pela honra de nos permitir te ver assim sem máscaras, sem make up, sem produção. Apenas falível e Incrível! Esteja a vontade nesse blog e por favor volte sempre! Mil beijos.

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  2. Oi Claudinha,
    Adorei seu estilo pra descrever sentimentos e coisas que se repetem no simples cotidiano de vida
    Forte abraco,
    Edilce

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  3. Podemos sempre ser incríveis porem falíveis! Somos, mãe, mulher, profissional. Temos que ter este jogo de cintura de sempre dar colo e na hora que precisamos ser nosso colo também. Viver e isso mesmo, e subir a montanha mais alta somente para contemplar seu visual, mesmo sabendo que teremos que descer tudo novamente.
    Marie

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  4. Obrigada pela força Val, Edilce e Marie. Um desabafo em voz alta de vez em quando é bom né? Beijos, Claudinha.

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