22 setembro 2011

IF in a Gay Nightclub!


Seja por malhar muito, por sorrir muito ou por ter a cabeça bem aberta para novidades, o fato é que de vez em quando eu engano bem, posso parecer mais nova. Mas no último final de semana eu radicalizei, fui badalar com uma turma de 21 anos.

A responsável foi a priminha Michelle. Ela é uma garota danada que por méritos próprios conseguiu uma bolsa para estudar na UCLA e um trabalho que lhe garantiu um ap charmosíssimo pertinho da universidade, no miolo mais bacana de LA.

E lá estava a IF na última sexta se achando. De sainha curta e i-phone na mão igual a galera (eles não desgrudam, é festa internética e real, tudo ao mesmo tempo). Para esquentar ela nos ofereceu jelly shot, a gelatina para maiores com sour apple puckers, uma bebida de maçã verde dentro. Uma delícia! Fica bonitinho nos copinhos, é divertido e anima!

Eu fui a segunda a chegar. Aos poucos chegaram um loiro, um negro, uma japa de cabelo vermelho e uma morena linda de cabelos encaracolados até a cintura. Esses trouxeram outros que rapidinho foram apresentados e inseridos na conversa. Deu pra perceber que todos estudam, trabalham e se divertem muito.

Na hora de sair, a pergunta: Estamos indo dançar, quem vai? Só que um não tinha nem um cent no bolso, a outra não tinha 21 ainda, o fato é que a trupe foi formada por mim e mais três garotas. O resto foi delicadamente enxotado para fora. Ô povo prático que sabe viver!

O melhor de tudo foi a escolha do lugar. A gay nightclub em West Hollywood. Eu adorei, acredite se quiser e eu não tenho a menor idéia do porquê, mas eu nunca tinha ido à uma.

Não sabia o que estava perdendo. Eu ganharia a noite só de ficar do lado de fora, vendo aquele espetáculo; gente de todos os estilos, cores e nacionalidades, de todas as crenças e opções sexuais, de todas as idades e formas! Milhares deles circulando colocando a noite para ferver.

Na frente das boates as bandeiras coloridas enormes e as luzes confirmavam o que já estava na cara. Na entrada eu já notei a diferença (vale a pena recordar a experiência IF de tentar entrar em um club da moda aqui: http://aincrivelfalivel.blogspot.com/2011/03/tao-sem-moral-essa-if.html).

Primeiro não tinha fila. Segundo o cara da porta não estava nem aí para ver como você estava vestida. Terceiro, o preço ($8). Quarto, o horário, as boates gay ficam abertas até as 4 am. Yeah!

Me joguei. Pra começar, vários rapazes rebolantes de cuecas. A prima disse logo que para eu ser iniciada eu tinha que colocar dólar na cueca de um. Glup! E eu nem estava bebendo, só mesmo a gelatina turbinada, pois tinha que voltar dirigindo pra MB. Foi o jeito encarar uma vodka, que teve cada ml evaporado pelo tanto que dancei.

No mais DJs e bartenders sem camisa, pista de dança lotada, quando tocou música da Madonna foi uma loucura. 80% do público era masculino, a maioria no shape, bonitos que só, vestindo jeans e camisas de malha justas.

Eu perguntei às meninas porque elas vão à boates gays. E a priminha deu uma resposta ótima:
Porque na boate hetero os homens te olham como se você fosse um pedaço de carne e aqui não, eles querem dançar com você só para se divertir.

De fato. Quando passávamos eles olhavam e logo sacavam o que estávamos fazendo alí. Dançando, extravazando e curtindo, muito mais a vontade!

Aliás, achei tudo bem mais careta do que imaginava, mais do que as boates hetero que fui. Nada de beijões ou esfregação, todo mundo na boa conversando e bebendo cerveja entre os popozudos rebolantes.


Se eu botei o dinheiro na cueca? Lógico! Na chuva neguinha, a gente tem que se molhar. Quando encostei o rapaz abriu um sorriso, se abaixou e colocou o seu grande atributo pra frente para facilitar, eu tomei até um susto ;) Mas me recuperei, retomei o fôlego, virei e coloquei a nota na lateral, foi o que deu pra IF nesse primeiro momento.

As meninas nesse aspecto me deram um banho; deram tapinha, tiraram fotos, perguntaram se era de verdade e por aí vai.

Rimos o tempo inteiro. Na saída, a minha prima Bella me disse a frase para fechar esse texto:

- Esse é o lugar que não importa quem você é, o que você tem, de onde vem, como é ou do que gosta; Aqui você é aceito.

Levei essa comigo. Deixei as garotas Incríveis de 21 em casa e peguei a 405 South radiante por ter vivido mais essa experiência, pensando sobre a delícia de ser o que é e comemorando mais uma vez a liberdade.

6 comentários:

  1. Queriiiiidaaa! This blog gave me goosebumps!! It is absolutely beautifully written.. :D We finally got to celebrate my 21st brithday together! I had SUCH an amazing time!! Thank you for everything. I'm so glad you got to experience it with me!! Love you sooo much!

    Beijos!
    ~Michelle

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  2. Na hora de encostar e por o dinheiro na cueca da pessoa vc ficou parecendo uma pessoa que saia aqui com vc para as boates:CINIRAAAAAAAAAAAAAA,rsrrsrsrss.

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  3. Que legal Val! Na proxima vez, me chame, ta? Ja fui a uma boate gay em Sao Paulo e adorei! Nao precisei dizer nem uma vez: "Com licensa, eu sou casada, quero apenas dancar comigo mesma". Maravilha!!!

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  4. Oi Lela,

    Só hoje consegui colocar as novidades em dia...HAPPY BIRTHDAY FOR YOUR FIRST YEAR!!!, piolho nesta altura, only you... boat gay, muito legal e sua cara essas coisas novas, nunca é tarde para conhecer e ter novas emoções.. Aproveite todos os dias, continue sendo HAPPY!!! LOVE YOU.
    VIELKA

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  5. Oi Val,
    Essa história hoje era tudo que precisava pra sair de um desanimo que me bateu por aqui. Valeu mesmo!! Eu conheci a Michelle. Ela tinha uns 12 anos e esteve em Conquista com Heloísa. Eu dava aula de inglês na Glass School e ela foi entrevistada pela minha classe. Muito linda e inteligente. Era tão novinha e me impressionou pra sempre.
    Mil beijos!!!
    Cau

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  6. Bom mesmo é receber os comentários de vocês!

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