11 setembro 2011

Brazilian Day in LA!


Há muito tempo que quero ir em um evento de brasileiros por aqui. Chegou o grande dia, o coração começou a bater mais forte desde o momento que procurava estacionamento perto do bonito parque na Wilshire Boulevard, quando comecei a ver o pessoas circulando com a nossa inconfundível camisa amarela.

Enfim estacionei e a medida em que chegava mais perto pude ouvir um som familiar, pessoas falando a minha língua e um colorido de gente bem conhecido.

Depois o cheiro, várias barracas com a melhor comida do mundo; tinha pastel, coxinha, moqueca, feijoada, churrasco, brigadeiro, beijinho e churros. Comi pouquinho hoje, primeiro porque em menos de um mês que cheguei ainda não deu pra sentir "aquela" saudade absurda e depois porque eu tinha mais o que fazer:



Fui ver o povo. Encontrei Thais Bradley, a minha leitora mais que Incrível, estava com muita saudade dela. Encontrei as primas lindas Michelle e Kimberly, a Fátima e mais algumas brasileiras e corremos para o que interessa: a pista de dança. Pequena, diga-se de passagem para tantos quadris rebolantes entusiasmados. Tinha gente de todo jeito, como tinha que ser; gente super caracterizada de verde amarelo, gente com muita e pouca roupa,  gente de toda idade e muito alto astral.



Pelas barraquinhas vendia-se roupas e bijuterias do Brasil. Vários anúncios também; advogada brasileira pra qualquer tipo de questão, show da Daniela Mercury em outubro, a fulana que faz festas de aniversário e empresas que mandam encomendas de qualquer tamanho para o Brasil. Botei um monte de cartõezinhos no bolso.



Teve apresentações de dança  e capoeira, e além do samba tocou axé, mpb e alguns chorinhos. Teve hino nacional em ritmo de samba, o que não gosto. Acho o nosso samba é maravilhoso e único, nos caracteriza e nos destaca. Mas temos perdido muito ao misturar as coisas e por muitas vezes permitir que questões importantes sejam tratadas em ritmo descontraído e relaxado. 


Achei interessante perceber na festa o jeito brasilleiro adaptado ao jeito americano de ser. Primeiro, toalhas de picnic estendidas pelo chão por toda parte. Muitas crianças, muita gente sentada e deitada. Vocês já viram isso? Eu não. Em toda a a minha considerável experiência baiana na área festiva, nunca vi ninguém ir pra pra festa para deitar.


Outra coisa: No alcohol. Nada! Nem uma skol ou um projeto de caipirinha. Teve uma hora no meio do samba que comprei uma lata de guaraná pra ficar segurando. Para compor o quadro na minha mente: sol+ samba+amigas...+ latinha, ahhh!!!ok! rsrs


Mas é lógico que não comprometeu. Dancei pra caramba, os cantores todos moram aqui fazendo shows em casas brasileiras. Falavam inglês também para os poucos gringos pingados que estavam por lá. Teve um desfile de samba com bateria e bonitas mulatas e até chegaram a anunciar um trio elétrico, o que achei estranho. Essa eu queria ver! Estávamos esperando uma caminhonete com som em cima na melhor das hipóteses, mas até a hora que saí de lá, faltando uns quinze minutos para acabar, nada. Acho também que é pedir demais, tem coisas que só se vê na Bahia ;)

Na saída, passei pelo mercadinho para comprar algumas coisas imprescindíveis na vida de qualquer família que se preze; leite ninho, leite condensado, batom garoto, buballoo e chiclete de caixinha.


E voltei pra casa mascando chicletes dos bons feliz da vida, por saber que tem tanta gente como eu por perto, que estou tão longe de meu país e ao mesmo tempo tão conectada com ele. Tranquila por usufruir disso aqui sabendo que posso voltar a qualquer instante. Agora não quero escolher, quero tudo! Quero a vida organizada, simples e segura na América e quero a vida vibrante, maravilhosa e apaixonante do meu Brasil.

4 comentários:

  1. Etá País retado de bom! Esta palavra tipicamente brasileira!
    SAUDADES!!!
    E somente longe daqui é possivel entender. O Brasil é um País singular. Podem me chamer de doida, mas acredito que aqui é o melhor lugar..
    Mas conhecer novas culturas e sempre bom, ajuda a fortalecer e valorizar o que temos.
    Mas fico pensando. Como poderia eu ficar tão longe da Chapada Diamantina??? Não dá!!!!
    Belo texto Val!!!!
    Axé e e luz.

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  2. Maravilha Val...imagino como deve ser a alegria nossa, nesse país tão prospero onde as pessoas podem brincar, sem medo, sem violência.
    Grande beijo e continue vivendo essa América que eu também tanto amo!

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  3. Muito bacana,deve ter sido maravilhoso.

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  4. Foi muuuuuiiiiiitooo bom te ver Valzinha!!!!
    Pena que vc chegou tarde e nao viu algumas das apresentacoes de danca e capoeira que foram maravilhosas! Mas em Los Angeles, o Brasil fica bem mais perto de voce. Varios restaurantes,lojas brasileiras, aulas de samba, capoeira, bailes funk etc. Tudo bem pertinho de voce! Adicione nossa amiga Gisella Ferreira no Facebook. Ela da aulas de danca no Brasil Brasil Cultural Center, e esta sempre a par de todos os eventos brasileiros. A Grace (cunhada da Mariness) que mora em Culver City, faz aulas aos sabados, e tem tambem atividades para as criancas. Voce vai amar!!! Adorei o texto e as fotos Voce eh Demais!!!!

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