30 maio 2011

My IF english


                                                                   
                                 


                                          Para Daisy



Imagine a situação:

Entro na loja de departamentos para comprar lençois e pergunto onde posso comprar sheets. A moça diz:

- Siga em frente e vire a primeira porta a esquerda. 

Vou e dou de cara com o vaso sanitário. Porque sheet pronuncia-se da mesmíssima forma que shit, que quer dizer nada mais nada menos que merda.

Essa não aconteceu comigo, mas cheguei perto. Cansei de perguntar aos garçons:

- Where's the toilet? Falando como no Brasil para ser fina. Só que toilet aqui é o vaso em si, então imagina se dá pra ser chic, seja no salto que for, perguntando:

- Ei garçom, onde é a privada???

Esse negócio de querer adaptar é um problema, é o que chamamos em bom baianês de embromation. Conheço gente também que fala em português b e m - d e v a g a r achando que assim vai ser entendido. É muito engraçado.

Isso é a mais pura cara de pau, eu não chego a esse ponto mas confesso que ela é necessária para a sobrevivência em terras alheias. Eu sempre me jogo.

Logo que cheguei fui para o barzinho mais bacana da área. E pedi na pose IF:

- Can I have the menu, please? Toda educada, sabendo que as palavras mágicas são fundamentais para abrir as portas por aqui.

A bartender, toda tatuada e espremida em um corpete respondeu:

- What??

E quanto mais eu falava menu baixinho e explicado mais ela perguntava what alto. Até que eu apontei para um e ela disse:

- Ahh, MENIIIUUU... Fazendo bico, se achando "a francesa". Só porque eu não falei usando o som do "i" no meio?

Outro dia pelo mesmo motivo a Debbie não aguentou e riu pra valer. Isso porque ela é uma professora, e estas fazem o possível para não intimidar os seus aprendizes. Eu disse pra ela:

- I'm going to put everything in a public storage. Só que falei public sem o tal do "i " no meio que fica parecendo pubic, que quer dizer púbico.

Já pensou, colocar as coisas num depósito púbico? Rs.

É, não basta saber o vocabulário e as colocações verbais, tem também a pronúncia.

Porque aprender um novo idioma não é mesmo fácil. E quanto mais tarde pior. As minhas filhas já me deixam no chulé tanto em fluência como em pronúncia. O mais velho então, que já chegou sabendo, nem se fala.

Mas a passos de tartaruga IF estou caminhando. Já sei perguntar pelo restroom ao ir ao banheiro e consertar rapidinhos as (oh shit!) besteiras que às vezes me põem em maus lençóis.

Quero ser a criatura!


Às vezes fica confuso
Muita gente não entende
Vou esclarecer birutamente
Se é que é possível.

Ela é ela e eu sou eu.
Às vezes eu me identifico com ela,
Mas às vezes eu me irrito.

Ela é muito mais romântica, ingênua, otimista,
E muito mais burrinha do que eu.

Ela é mais bonita.
Deve ser porque vive rindo
Mas também se derrete por qualquer coisa.

Ela é mais espiritualizada,
Mais amorosa,
E mais disposta.
É melhor mãe, melhor filha, melhor amiga.

Só é sonhadora demais.
Vive deixando os afazeres de lado
Pra contar essas histórias.
Ela diz que é porque tem alma de artista.
Só que sobra a parte chata toda para mim.
Por isso sou muito mais mal humorada do que ela.

Me espelho nela para ser mais calma e paciente.

Pra falar a verdade eu a pari para que ela me ensinasse,
Para ver se falando eu me escuto.
E dou voz a melhor parte de mim.


E só me surpreendo
Porque a danadinha está crescendo.
Pode ser que um dia ela me passe.
Tomara.

Quando amadurecer pode até utilizar esse dom.
Ou talvez ela não deva amadurecer.
Talvez a melhor parte do mundo
Só possa ser vista pelas crianças.


É pra pensar.
Só sei que eu a invejo.
Queria que fosse Incrível assim,
Essa tão falível eu.

27 maio 2011

O negócio é importar!


Toda vez que escrevo sobre o namoro penso nas amigas que ainda não tropeçaram no sortudo. Solidariedade imediata. Lembro muito bem que há few months ago eu estava na mesma. Aliás esta é uma posição que conheço bem, desde que me separei já saltei umas três vezes entre o namoro firme firmíssimo à solteirice de dar medo.

E vou dizer, no Brasil todo o mercado está ruim, acirrado, mas não existe nada como Salvador da Bahia. Primeiro pela oferta de festas, os homens não se concentram. E depois pela multiplicação desenfreada das piriguetes (como chamamos as meninas digamos assim...oferecidas e porque não, vulgares, que puxam para trás toda a nossa luta pela valorização das mulheres) que está causando um estado calamitoso de desequilíbrio na cadeia relacional.

Tenho amigas que já estão pensando em virar "flex" (que roda com álcool e gasolina), o que não é nada demais se for por opção e não por falta de. Mas está mais fácil acertar na loteria por lá do que encontrar um homem com os pré-requisitos básicos para um perfil IF, que é o necessário para uma mulher bacana e diferenciada (modéstia no pé, sorry, mas o princípio básico é esse, se valorizar antes de tudo).

São eles:

- Estado civil solteiro, divorciado ou viúvo;
- Sexo masculino com opção sexual bem definida;
- Que seja um homem de Deus, de caráter e do bem;
- Sanidades psicológica e emocional
- Independências financeira e emocional;
- Inteligência né? Emocional também.
- Bom humor;
- Maturidade proporcional à idade cronológica;
- Uma certa sensibilidade para enxergar as coisas um pouco além do óbvio;
- Elegância nas atitudes;
- Um condicionamento físico básico (tem que acompanhar a nossa velocidade! rs)
- E um certo charme, nada demais, só um quê que nos encante.

Só isso, e não necessariamente nesta ordem. É pedir muito? Pra Bahia é, eu sei.

Deixa eu aproveitar e pedir logo desculpas aos meus amigos que sei que preenchem a maioria dos requisitos acima além do aspecto caliente latino indiscutível ;), mas o homem americano tem o seu valor. Para começar porque não são tão mimados pelas mães (e nessa eu me encontro enfiadérrima na carapuça), saem de casa e começam a trabalhar muito cedo e são muito dedicados à família,  participando bem mais das atividades de casa e da criação dos filhos.


E cá pra nós, a oferta aqui é MUITO maior! Palavra de especialista IF em market share.

Por essas e outras que outro dia eu estava conversando com Paulinha (que se casou com um PIF londrino) e chegamos a seguinte conclusão:

- O negócio é importar!

Pensamos até em abrir uma agência com várias filiais, o que ia dar um dinheiro danado (operação toda no dólar, é claro) com software desenvolvido para reunir afinidades, recrutadoras antenadas e experientes e uma política de negócios que garantia total satisfação às necessidades românticas das clientes.

Mas depois pensei melhor e achei que poderíamos ser presas por contrabando, confundidas com cafetinas dos tempos modernos, ou pior, poderíamos sofrer ataques terroristas das populações femininas americana e inglesa... Melhor deixar pra lá.

Mas você, companheira queridinha, pode vir aqui! Ou em qualquer outro lugar. Procura uma licença prêmio, umas férias prêmio,  junta uma grana, vem aprender uma nova língua (que não faz mal para o currículo de ninguém) e se ofereça o prêmio de desbravar novos horizontes paquerísticos.

Só vai saber se vai dar certo ou não se tentar. O que não pode é parar. Esse negócio esperar o PIF bater na porta não tá com nada. Nem carteiro está batendo mais na porta hoje em dia.

Vamos ampliar mentes e possibilidades! Cuidar de si, produzir e desenvolver-se , é lógico. Mas dar um empurrãozinho na sorte também, porque não? ;)

25 maio 2011

1+1 é MUITO + que 2


Acordei no meio da noite indisposta e não dormi mais
Acho que é emocional, coração apertado com tantas lembranças
Com a viagem se aproximando
Despedidas, mudança,
Saudadicite.

O PIF perguntou como eu estava.
Eu disse.
E ele na hora se prontificou a vir cuidar de mim.
Me senti melhor só com essa pílula de carinho.
É nos momentos de fragilidade que reconhecemos o valor de um parceiro.

Comecei a pensar que de verdade
Ninguém nasceu para ser sozinho.

Foi tão bom na viagem:
Ter alguém do lado
Para ir para a fila comprar o lanche enquanto eu ia procurar a mesa.
Para me chamar a atenção do que eu não tinha notado.
Para desenvolver um pensamento.
Para traduzir parao inglês certinho o meu argumento.
Para encontrar a melhor solução.
Para dirigir enquanto eu descansava.
Para dar colo e receber colo.
Para voltar junto para casa.

Quando ele colocou minha bagagem de mão no compartimento do avião entrei em êxtase!
Coisas simples que são banais para a maioria,
Mas não para mim que estou sempre sozinha
Carregando e acomodando tudo para um monte de gente
Tendo que me virar em homem e mulher.

Me lembrei de uma aula de PNL
Em que Kau Mascarenhas me apresentou algumas equações que ilustram casais:
Quando 1 + 1 são dois = normal
Quando 1 + 1 = < 2 = algo está errado
Agora quando 1 + 1= > 2... É Incrível!

Para mim só vale a pena assim.
Multiplicando afeto e potenciais.
Porque dois juntos são muito mais fortes
Do que dois sozinhos.
Isso eu aprendi
E olha que eu sou um zero a esquerda em matemática. ;)

O quarto de uma noite só, aqui está a sua música:

Vocês sentem daí tudo que eu sinto daqui.
Hoje o George me mandou essa música.
Fiquei muito emocionada, nem precisa dizer.
Aqui em casa a carência de pai vem passando de geração para geração.
Peço a Deus que pare por aqui.

Muito obrigada George e a todos os meus queridos
Que riem quando eu rio
E que se emocionam quando eu choro.



24 maio 2011

O quarto de uma noite só.


Aqui em Palmdale venta muito. Esperei chegar a primavera para comprar uma mesa para a área externa da casa, que é um lugar bem agradável, praticamente dentro de um campo de golf.

Comprei para o almoço de Páscoa, decorei tudo com flores e apetrechos novos mas o vento não deu trégua. Até que Steve teve a idéia de trazer uns frutos do mar para um barbecue com a família em uma sexta-feira qualquer. E foi uma noite Incrível, temperatura perfeita, todos muito alegres, a comida estava uma delícia.

Hoje estava cozinhando e olhando para a mesa de uma noite só. A chamo assim porque acho que não teremos mais oportunidade de estar ali. E me lembrei de um momento maravilhoso parecido que tive com o meu pai.

Ele construiu uma casa na fazenda em frente à um açude que ele adorava. Deu o maior trabalho, só quem já experimentou construir na zona rural sabe como é, levou uns três anos. Ainda não estava pronta, mas ele pediu que acelerassem o serviço porque eu disse que iria visitá-lo. E aprontou a suíte principal, colocou piso, pintou, pôs camas e lençóis novos. 

E lá fui eu, levando Vitinho que na época tinha um ano. Meu pai como a maioria dos avôs pseudo-machões derreteu-se ao ver o netinho e até esqueceu do quanto sofreu em me ver grávida tão jovem e solteira. Queria que ele provasse todas as frutas do quintal, tomasse o leite da vaca e buscou pintinhos e gatinhos para ele brincar. Dormimos os três no quarto novo, acordamos ouvindo os pássaros e admirando a manhã de sol e o açude.

Eu só passei uma noite. Por causa da minha ansiedade estúpida. Tinha sempre um namorado, umas amigas e um milhão de compromissos ridículos.

Depois que saí o meu pai voltou a dormir na casa velha para esperar até que a nova ficasse pronta. Mas não ficou. Dias depois ele partiu.

E eu nunca mais tive graça nesta fazenda e meu filho nunca mais teve o avô. Mas a casa está lá, terminada cuidadosamente por minha mãe e pelo meu irmão. Sempre que vou lá me emociono lembrando desta última visita. Lembro da imagem dele vindo na direção do carro, do abraço, entro, vejo a sua foto, subo as escadas, passo pelo quarto de uma noite só, vou até a varanda, olho o açude dele e choro. De saudade profunda.

Assim ao invés de lamentar o quarto e a mesa que só teve um dia, reconheço e agradeço a Deus pelo privilégio do grande momento. Apenas um, que não volta mais.



(almost) perfect!

                                                                                                                 Para Beth

No segundo tempo da viagem fomos para Napa Valley, onde ficam os melhores vinhedos da California. Tudo muito romântico, o clima estava ótimo, passeamos e aproveitamos até os quarenta e cinco do segundo tempo. Por último passamos na vinícula do cineasta Francis Ford Coppola para comprar uns vinhos para a festa de despedida que as primas estavam fazendo para mim às 17hs. E uma vez lá, foi o jeito fazer uma degustaçãozinha de champagne. Depois uma de vinho branco e como não poderia deixar de ser, uma saideira com tinto. Com baguette e brie em um jardim lindo em frente a plantação de parreiras.   

Risada vai, foto vem, olha-se o relógio. Correeeeee!!!! Eu dormi no carro mas o PIF voou para chegar no horário. Chegamos meia hora antes do embarque mas a mulher nos aceitou. Na verdade ela estava toda distraída, nem olhou o documento, acho que ela nem sabia pra onde a gente estava indo. Mas conseguimos! Compramos um sanduíche rápido e fomos para o avião pensando no vinho que iríamos tomar com as primas e em como tudo foi perfeito.

Perfeito?? Tsc, tsc. Isso é palavra para outro blog. 

Na hora de pegar mala, cadê mala? Isso eram 4 da tarde, esperamos o vôo das 5, o das 6 pra ver se ela vinha atrasada e nada. Foi a energúmena que nos atendeu no check-in com a cabeça sabe-se lá aonde. Mas tínhamos que sair por causa da festa. A companhia aérea disse que levaria a mala em casa, ok, vamos embora.

Hum hum. Chave do carro do PIF nas profundezas da mala perdida.

Resultado; depois de suítes com spa e banheira de espuma, serviço VIP na chaise da piscina, restaurantes chiquíssimos e vinhozinho no castelo, eis que estavam a Lady IF e o Lord PIF (Paulinha, como eu amei isso!) no fundo sacolejante e xexelento da van do super shuttle. No caminho eu fui tentar consolar o PIF:

- Love, isso sempre acontece comigo...
Ele me olhou todo torto espremido no fundo do banco e disse:
Sempre??
- Quero dizer, acontece com todo mundo, não é? Desconversei. Se não daqui a pouco o homem vai achar que sou a azarada do pedaço.

Lá ela! Eu sou atrapalhadinha, mas tudo dá certo no final. A última notícia que tive foi que a mala com todas as roupinhas novas estava passeando em New Mexico, mas o cara me garantiu que volta. Então tá.

Assim cheguei três horas atrasada na festa mais linda que vi aqui, decorada com o tema California. Cheguei toda descabelada, sem banana de vinho Coppola nenhum, sem carro e sem graça mas cheguei. É o que vale né? A minha Tia amada disse:

- O que importa é que você está aqui e bem, o resto é besteira. Pois então, a equipe sempre cuida do principal. Para não correr risco só ficando parada, o que não é o caso da IF. Mas espero que a equipezinha se lembre do detalhe dessa vez, afinal são as minhas roupinhas mais queridas, o vestidinho de San Fran tá lá... Notebookzinho amado também, chuif.
Ai ai ai, torçam aí por mim viu? De novo, rs.


21 maio 2011

Eu no mundo dele e ele no meu.


Sim, sim, sim, San Francisco continua linda! Charmosa e encantadora. E incrivelmente ensolarada, presente da equipe porque sempre estah nublado e muito frio por aqui. Dava pra ver tudo longe.  Eu que nao estava muito bem esses dias, uma mistura de alergia, dor de cabeca e enjoo. Nao sei o que me deu. Nao consegui nem comprar, so queria ficar no quarto, o que tambem nao eh de tudo ruim. ;)

Mas eh logico que ele me arrastou para a rua. Conhece tudo, nada de gps. Me levou para um caranguejao no pier, para ver as casas que ele morou, onde trabalhou, almocar no seu restaurante preferido, jantar com amigos em outro italiano bacana (em nenhum eu bebi e quase nao comi nada, imagina como eu estava). Ate que;

Ontem ele falou: - Hoje nos vamos jantar no Bossa Nova, o melhor restaurante brasileiro daqui. O PIF estah super interessado no Brasil, mal pode esperar para ir la. (Ah, estou escrevendo assim sem acento porque estou no computador dele. Inclusive ele ja me perguntou, O que eh aquilo que voces colocam nas letras? rs rs. Nem me fale love, eh so para complicar...)

Sim, chegamos la ao som de Seu Jorge, vendo a bandeira verdinha e amarela e sentindo um cheiro familiar de carne assada. Lotado. Descemos as escadas e ja vimos uma meia duzia de gente sambando: "Brasil, meu Brasil brasileiro...." na voz de Gal. Ja me deu um negocio. Arranquei casaco, cachecol, luva e o escambau. Parecia que eu estava ha 10 anos no exilio, rs. Os olhinhos azuis do PIF brilhavam, tinha uma danada de short sambando como o que. Rapidinho o meu coracao comecou a bater no ritmo da musica.

Steve logo viu gente tomando caipirinha e perguntou o que era. Eu falei pra ele ir la e pegar duas. E vou dizer, depois de quase uma overdose de neosaldinas, vonaus e clarintins, foi so tomar uma que fiquei boa na hora! kkkkkkkk...... Juro! Queimou tudo por dentro. E eu nem gosto de cachaca, mas aquela estava espetacular, a melhor que ja tomei. Foi o contexto, rs.

Ele falou para eu fazer o pedido, logico. Vamos la: Pao de queijo quentinho pra comecar, espetinho de carne com arroz de coco e... feijoada! E a essas alturas, ja passava das dez. Quem liga? Comi quase chorando de felicidade. Aih que o dodoi foi pro espaco mesmo!

E da-lhe mais caipirinha! Mais samba, o PIF quase teve um troco. Me tirou pra dancar na maior ousadia. E mandou bem, acredita? Eu nao acreditei. Ficou ele besta de um lado por nunca ter me visto sambando e eu besta de outro em ver o como ele tem ritmo. La pras tantas entra Zeca Pagodinho na parada e eu me empolgo cantando: Descobri que te amo demais... E ele, que soh aprendeu ate agora obrigado, por favor e bom dia, perguntou o que significava.

- I just realized that I love you so much... Ele adorou. Me abracou e me pos a rodar pelo salao, feliz da vida em conhecer aquele pedacinho do meu mundo dentro do mundo dele.




19 maio 2011

Alegria na mala :)


Comecei a fazer a mala IF para um passeio Incrível e a pensar no que é indispensável colocar nela:

Pensamentos positivos- sempre penso que vai ser a melhor viagem da vida! Mas nem por isso deixo de levar o cartão de saúde e aqueles remedinhos básicos.
Alegria (que é o que nos deixa mais bonita) e também um kit básico de maquiagem já que temos mais tempo para caprichar e sair legal nas fotos.
Câmera- lógico, na bolsa.
Escova de dentes nova.
Roupas e sapatos confortáveis, mas bonitos! Nada de só calça jeans e tênis e ficar camuflada entre os turistas comuns. Adoro colocar as minhas roupinhas brasileiras e me sentir diferente, me sentir...eu!
E mala pequena, um casaco só, a bota vai no pé, só mais um sapato dentro.
Com espaço para comprinhas, algo que realmente faça diferença entre o que você já tem. Eu sempre levo uma sacola de pano dentro para trazer depois na mão.
Paciência com o o que não tem jeito: filas, atrasos e imprevistos. Aceita e resolve.
Boa vontade para conciliar os seus interesses com os do outro, aproveita a viagem dele (a) também, você pode se surpreender!
Consciência da oportunidade para agradecer e desfrutar :)
Pedir um tempo mentalmente às crianças, ao trabalho, aos problemas e à tudo que temos para resolver.
Assim deixar do lado o passado e o futuro - mas pode (e deve) anotar as idéias boas que aparecem.
Aproveitar ao máximo O MOMENTO PRESENTE .
Planejar não planejar e:
Acordar na hora que quiser,
Andar sem destino,
Comer as coisas gostosas que der vontade,
Conversar sobre assuntos que nunca conversou antes,
Namorar sem pressa (se for o caso)
Ou exercitar a paquera (adoro também, rs ;) de forma sutil e elegante, of course.
Sentar em um lugar bacana para ver as pessoas passando,
Conversar com quem chega perto,
E aprender sobre uma outra gente, uma outra cidade e uma outra você.


Isso foi baseado em um e-mail que escrevi para o PIF chamado Invitation. O que aliás é uma boa sugestão; enviar uma cartinha para a pessoa que vai ser a sua companhia na viagem convidando-o (a) para ser feliz.

Eu concluí a minha dizendo que em português a palavra presente (present) é a mesma que presente (gift). Acho que não é por acaso.

Seja para onde for, com quem for queridinhos, viva. A vida é o agora.

Até mais com novidades fresquinhas diretamente da cidade campeã da parte californiana do meu coração!

18 maio 2011

Uma IF metidinha!!!!


Uma coisa é certa:
Me diga o que lês que eu direi quem tu és. Totalmente influenciada pelo blog metidinhas de Claudinha e Debbie, o  http://metidinhas.blogspot.com/, que mesmo com pouco tempo de nascido já está bombando na área do lifestyle (coisa chic), mudei completamente a programação do meu dia.

Pedi um tempo aos filhos, dei uma banana para a ginástica, a língua para as contas a pagar, um chega pra lá nas caixas da mudança, a menor bola para a previsão do tempo (que dizia que ia chover) e peguei a minha amiga e leitora Thais Bradley para um compromisso futilíssimo importantíssimo: Compras na Melrose Avenue e no The Grove, em Hollywood.

Querendo entrar no clima do blog, apostei no look Color Blocking que elas me apresentaram no post http://metidinhas.blogspot.com/2011/04/color-blocking.html  para ascender o visual e mudar a energia.

Pelo menos eu tentei. Na hora me senti como a namorada do Bozo mas depois fui me acostumando. Cau please diz aí se deu certo. Tudo com as IFs peças do armário:


Calça Carmim azul royal, blusa verde que não tenho a menor idéia de onde comprei (mania de tirar a etiqueta), casaco de couro gelo Benneton que ganhei de Jr. em nossa lua de mel em 98 (por coincidência comprado em LA), bolsa Danielle Magalhães e sapatilha xadrez vermelhinha (essa é a única peça nova) da última coleção de inverno da Animale.


Não é assim? Para escrever as marcas? Quero fazer o negócio direito. Aliás essa é uma idéia ótima, a de fotografarmos os nossos looks inspirados nas sugestões das meninas. É o streetstyle, né? Viiiii... já tô vendo, vou tirar 10, hehe.


A Thais sem querer também acertou no tal do color blocking jogando uma jaqueta e um scarpin pink, ficou linda!

E assim fomos nós e vou te contar, me dei com aquilo alí. Perdi totalmente a noção do tempo, ficamos nessa vida das 11 às 19:30, parando apenas para um almoço em alto estilo (para combinar) em um bistrot francês que partiu do pãozinho com uma tacinha de chardonnay, passou pela entrada, pelo prato principal e só morreu depois de duas sobremesas com capuccino, uma far-ra!

Na lista das aquisições Incríveis da vez estão uma bota do Tony "K" um designer italiano que por acaso era o dono da loja e foi quem nos atendeu, rs, dois vestidinhos primaveris da Urban Outfitters, uma calça bem rasgada da G-Star e algumas peças da Betsey Johnson que mostro aqui em uma próxima oportunidade. Aliás, vale lembrar que esse vestidinho rodopiante acima que ilustra o bloguito (o de San Fran) é dela.

Hahahahahhhh, nem eu me suporto nessa versão metidinha, eu amo muito tudo isso!

Mas diga aí, existe coisa mais fundamental no mundo de uma mulher do que uma frescurinha? Vejam só, estou radiante!!!! Serotonina  total e sem malhar!

Simplesmente gritando internamente:
- EU MEREÇO!!!!

Então deixo aqui a minha sugestão:
Renda-se. Passe a seguir essas metidinhas que o seu visual agradece.

E se tiver uma companhia Incrível como a da Tha então... vira um deleite, uma festa e uma terapia, programa 3 em 1. Palavra da IF, a aprendiz de metidinha em LA.

17 maio 2011

Uma IF cozinheira

                                                                                                              Para MTQMB

Hoje eu fui fazer purê de batatas e só depois que elas estavam cozidas eu vi que não tinha o treco de espremer. Foi meu primeiro purê da vida. Resultado, espremi no garfo, a custa de umas furadinhas nos dedos. Dourei a cebola picada na manteiga e joguei a batata espremida lá com um pouquinho de leite. Comeram tudo, deu certo, ufa! Mais uma missão cumprida.

Cada dia é uma aventura. Afinal, cozinha + IF = :

Jogar o tempero cortado no lixo e ficar com as cascas nas mãos,
Ir no mercado comprar alcaparras sem lista e voltar com tudo menos alcaparras,
Parar para responder mensagem no telefone e quando vê o macarrão que estava no fogo virou uma gosma,
Sapecar as sombrancelhas e a franja enfiando a cara de vez no forno para olhar o salmão (coitada),
Fazer um brigadeiro para a filha em seu aniversário e em apenas um pensamento viajante perder o ponto e deixá-lo de uma forma que nem uma serra elétrica poderia cortá-lo (a última lata, lógico),
Colocar um frango no forno para assar por uma hora e meia, sair para buscar as meninas na escola do lado e da esquina voltar para desligar, presumindo que não vai dar certo.

Pelo menos tenho juízo, sei das minhas limitações.

Com outras coisas, eu teimo. Eu sou daquelas que gosta de criar, de cozinhar com o que tem, de ir colocando os ingredientes a mãozadas, totalmente avessa as medidas... Viii... escrevendo agora comecei a pensar, será que é um reflexo de como eu sou na vida? Sim IF, mas isso fica para a próxima.

O PIF disse que minha comida é como eu, passioned. Cebola, alho, azeite de oliva e sal. Realmente são indispensáveis, eu acho. Eu adoro a disposição dele para ir comprar as coisas e cozinhar, rapidinho algo bem gostoso, sempre pratos americanos tradicionais. Só que, detalhe.... ele não coloca sal. Imagina aí, uma omelete linda, colorida, feita com pedacinhos de presunto, queijo, tomates e muito amor, mas sem sal nenhum? E só agora estou perdendo a vergonha de ir buscar o saleiro. Antes eu só comia e agradecia, pensando que pelo menos não estava retendo líquidos.

Daí as vezes ele faz a carne e eu o arroz. Mistura o cheirinho de alho do meu com a suavidade do molho do dele e dá tudo certo! ;)

Mas aos poucos estou cedendo. Aprendendo a abrir mão de tanto sal e já dei a mão a palmatória em relação as medidas com a rice cooker, a minha nova queridinha, a panela automática Incrível de fazer arroz. Não vivo mais sem ela, uso as medidas certinhas, coloco tudo lá, aperto o botão e thanraaaamm!!!

Ai, preciso de uma foto de avental fazendo tudo isso. Eu mesma acho engraçado. Cozinho sempre com dois bloquinhos do lado. Um para anotar na lista o que acabou para comprar  no dia seguinte e outro para escrever as idéias que chegam para o bloguito. Assim coloco-as lá quietinhas e não deixo mais a comida queimar, rsrs.

Estratégias de uma criatura IF que como cozinheira é uma boa escritora e como escritora é uma  óóótima cozinheira. ;)

Sim, nós estamos bem na fita!

                                                                                                                       Para Meg

Essa era uma uma dúvida que eu tinha antes de vir morar aqui. Se eu iria ser bem aceita e se as pessoas ainda pensam que a gente vive em uma floresta.

Nananinananão. Qualquer um que seja um pouco mais esclarecido já conhece o Brasil. A copa do mundo e as olimpíadas chamam mesmo a atenção do mundo. Desde que cheguei aqui já recebi uns 40 auto-convites, vou começar a trabalhar com reservas, rs.

Eles também falam muito sobre o futebol e seus jogadores, as praias, o Cristo Redentor, o fato de agora termos uma presidente mulher, a Amazônia, a Giselle e todas as modelos. Ah sim, as mulheres....

Tem uns que quando me vêm antes mesmo de eu abrir a boca já perguntam:
-Where are you from? E quando eu respondo dizem logo:
- Braziiiiiiiillllllllll, huuuuummmm.... (pena que não dá pra descrever o tom de voz, mas é algo que me faz sentir como um pedaço de churrasco). E basta eu sair para eles conferirem se meus atributos traseiros correspondem com a sua imaginação.

Essa é a parte péssima. Infelizmente o turismo sexual, a fama das popozudas e toda a vulgarização da mulher que permeia a nossa cultura também se propaga pelos quatro cantos.

Mas isso é só com os homens mais rudes, como aí. Os mais interessantes e as mulheres sempre dizem:
- Brazil???? Cooollllllll!!!!!! E no inverno chegavam a perguntar: - What are you doing here?

Fui assistir o filme Rio e gostei muito. Achei genial forma com que eles abordaram a nossa cultura incluindo os nossos problemas. Tudo de uma forma criativa e divertiva como um bom filme infantil deve ser.

Bem diferente do Comer, rezar e amar onde colocaram o Javier Barden para fazer o papel do namorado brasileiro da Liz Gilbert, personagem da Julia Roberts. Que deu num casal insosso, ele falando um portunhol ridículo, não convenceu a ninguém. Nada contra o Javier, mas imagina aí se colocam lá o Thiago Lacerda, o Edu Moscovis ou o Murilo Rosa? Não sabem o que estão perdendo hein?

Filmes rolando sobre o assunto, copa do mundo, olimpíadas, boom econômico, e o Brasil despontando em diversas áreas (vale a pena ver de novo o vídeo abaixo), definitivamente o Brasil está na moda. E eu me dando bem nessa ponga, já que a economia aqui continua ruim das pernas e os precinhos cada vez mais atraentes.

Então queridinhos, se você está pensando em viajar,  comece a se programar. Pode dizer de boca cheia que é brasileiro que logo você vai ver um sorriso brotar nos rostos das pessoas. Estamos com a bola toda, é hora de aproveitar!

vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=DMM7OJ_Kj9I


15 maio 2011

Rapadura é doce mas é dura.


A Liana, a minha Incrível terapeuta, sempre traz imagens e histórias para ilustrar o tema da sessão. Certa vez ela me contou de uma pesquisa feita com casais que estavam se divorciando. Foram feitas para eles duas perguntas:

- Quais as características dele (a) que fez com que você se apaixonasse?
- Quais as características dele (a) que fez com que você quisesse se divorciar?

Resposta? Isso. A mesma.

Por exemplo, você se apaixonou perdidamente por alguém de espírito livre e aventureiro, criativo e surpreendente.
Depois se separa porque não aguenta o seu jeito irresponsável e infantil.

Ou casa-se porque encontrou um homem sério, responsável e organizado e depois sai correndo porque ele era sem graça, previsível e muito picuinha.

Deslizes da Incrivelmente falível e insaciável natureza humana.

Estou hoje na casa do PIF. Eu, ele, o filho adolescente, as cinco crianças e a cadelinha. Quem leu o post que diz o que mais me agradou nele sabe porque eu fui buscar no arquivo IF essa pesquisa.

Não se enganem com meu conto de fadas IF, vocês podem imaginar a confusão que é conciliar os desejos e as necessidades de oito pessoas.

Um quer sair para tomar café, o outro ainda dorme, uma precisa se arrumar para um aniversário mas não quer tomar banho de jeito nenhum, duas teimam em jogar bola na sala enquanto a outra quer ver tv, a outra faz queixa que está esquecida para a mãe que só pensa em sair correndo para escrever, enquanto o cachorro já está no carro crente do sucesso com a coleira na boca.

Mais ou menos assim. Uma calma manhã de domingo na casa dos Figueira Wesch.

No final de semana que vem vamos viajar sozinhos, de namorados. Aproveito de ante-mão para agradecer  a coolaboração de D. Loy, Debbie, Sandy e Michelle, sem as quais seria impossivel essa proeza.

Precisamos nos conhecer e nos curtir um tantinho. Um casal convencional geralmente tem alguns anos de namoro e de lua de mel antes das crianças. Um casal com filhos não sabe o que é isso. Nós tivemos um mês e meio IFs, que mais parecia uma maratona entre viagens dele de mais de duas horas para um jantar e acrobacias com telefone celular, horários rígidos e babysitters.

Todas as experiências na balança. Vai chegar a hora em que não vou ter para onde correr, vou ter que fechar a conta. Para isso nada melhor que contar com a equipe e seus empurrões divinos, e com ela, a minha queridíssima doutora infalível em birutices:

- LIAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


sem que nem pra quê


Pausa nas encomendas para momentinho biruta.
Fiquei danada!
Não é que engoliram mesmo meu post sobre o Brasil na moda?
E os últimos comentários, tudo que rolou no dia anterior a pane do Blogger.
Parei pra pensar;
E se engolirem tudo?
Mandarem o bloguito inteiro para o buraco negro internáutico?
Para a conchinchina cibernética?
O meu ano todo de desabafos IFs?
Todas as horas de sono investidas?
Todos os passeios perdidos para liberar um pensamentos quicantes na cabeça?
Deu um aperto no estômago só de imaginar.
Nossa como eu amo isso aqui!
Sou uma B.A.
Blogólica Assumida.
E eu quase achei isso melhor que um livro por ser online e interativo,
Mas nunca ouvi alguém dizer que um dia abriu um livro e encontrou tudo em branco.
Sempre tive maior pé atrás com a tecnologia,
Quando penso que estou ficando amiga íntima dela ela apronta alguma.
Só que eu sou perseverante,
Vou escrever de novo o post,
E começar a salvar o meu bloguito,
Literalmente.

11 maio 2011

Ele mora em mim.

                                                                                                                  Para Ariane   

Outro dia chegou uma mulher na minha porta com uns panfletos na mão e me perguntou:

- Você já encontrou o Senhor?

Fiquei encucada porque eu acho que Deus a gente não encontra , a gente re-encontra.

Pelo menos a minha história com Ele é antiga. É, eu acredito em vidas passadas e reencarnação. Acredito que há uma comunidade em outra dimensão bem parecida com a daqui e inclusive já estive por lá algumas vezes em projeções através de sonhos. 

Lembro-me de uma maravilhosa, assim que meu pai partiu. Eu chegava em uma espécie de hospital onde ele estava, passava por várias pessoas, até chegar até cama dele e o acordar, levando um saco com pães quentinhos nas mãos. Ele abriu aquele sorriso com a visita, e eu sabia o tempo todo do que se tratava e que me foi concedida uma oportunidade de estar alí. Acordei assim que acabou, fiquei desperta e agradeci a Deus por tê-lo abraçado e matado a saudade.

Isso aconteceu na época em que conheci e comecei a estudar o espiritismo. Aliás, quando ele faleceu eu passei um ano muito aflita, indo para todas as igrejas que existem. Depois passou, acho que quando ele ficou bem lá eu consegui ficar bem cá.

Mas a minha formação vem da igreja batista tradicional. Sou muito grata à minha avó Stella e à minha tia Dulcinéa por terem me levado à igreja quando criança. Cresci ouvindo histórias da Bíblia. Tenho uma que ganhei de vovó aos oito anos, toda grifada por ela que é sem dúvida o meu objeto mais valioso.

Esta com certeza é a minha maior referência, quando quero ir para uma igreja, é para lá que eu vou. Choro de agradecimento nos hinos e orações. A raiz é algo muito forte, por isso procuro levar os meus filhos. Ainda bem longe do ideal, mas assim IF como sou, procuro passar para a importância de ir aliada a um bom exemplo.

Mas fui batizada, me casei,  batizei meus três filhos e mais quatro crianças (e tenho mais uma engatilhada) na igreja católica. Sei de cor toda a ladainha de uma missa. Influência do papai, devoto do Senhor do Bonfim. Mas o santo que mais simpatizo é o São Francisco de Assis, acho linda a sua história e gostei muito da idéia da minha filhinha nascer no dia dele.

Pouco importa a religião, o que importa é o amor. Deus é o amor e só com Ele temos a capacidade de amar.  Não por acaso o maior ensinamento de Jesus é:
Amai ao próximo como a ti mesmo. (Mat 22:39)
E eu sinto que Ele me ama porque Ele chega bem perto nos momentos difíceis. É quando fico mais contida e procuro refletir, servir e orar mais. É quando eu cresço.

Mas nos momentos de alegria, como esse agora, eu acho que Ele delega porque não tem tempo, é muita gente, rs. E eu a-do-ro a minha turma de anjos, a equipe do céu da qual falo tanto. Posso ouvir os seus avisos de alerta para que eu não caia, não bata o carro e os seus sussurros na hora de uma decisão ou em momentos simples, como agora, escrevendo este texto.

É por isso meus amores, que quando aparece alguém me perguntando eu digo com propriedade:

- Sim, já faz tempo. O trago comigo e com Ele vou seguir para sempre. 



09 maio 2011

Aceitam-se encomendas.


Entre as medidas organizadoras de caixas e de cuca, comecei a ler e a arrumar todos os posts escritos há exatamente um ano, desde quando comecei a pensar na possibilidade de vir pra cá.

Estou revisando palavras e sentimentos. Vendo quais foram as razões que nos trouxeram aqui e os nossos objetivos, e percebendo se eles foram alcançados. E adorando. Repito: escrever é uma viagem a parte.

No total dos blogs (para quem não sabe, este é o quarto, os três primeiros foram fechados, eu sou Incrivelmente tímida e insegura (ou pelo menos era, rs). Acabei usando a família como cobaia primeiro e já se vão mais de 300 textos. Fora os que estão no meu forno IF de rascunhos. Haja inspiração para potocas!

Quero ver se consigo reunir alguns para uma coletânia desta experiência. Quem sabe vai dar no tal do livrinho Incrivelmente falível? Juro que se sair a culpa toda vai ser de vocês que me fazem acreditar que eu posso. :D

Nessas horas lembro-me da querida amiga, atriz e autora Magaly Evangelista, que está aqui na lista de blogs. Ela  sempre diz que uma dosezinha de cara de pau é necessária. Nessa vida a gente tem que se jogar, mostrar a cara. Tem tanta gente sem talento nenhum por aí se dando bem só porque se joga... De que temos medo? Eu que sempre hesitei tanto, posso dizer que depois que comecei, adorei. E acho que viciei, rs.

Entre os textos inéditos, os meus favoritos são dos encontros hilários que tive até encontrar o PIF. Surpresa Incrível: Uma viagem no universo de uma solteira brasileira prospectando na América. Só aí já dava um título, hahahahahahhhh........

E estava aqui pensando que nesta reta final gostaria de escrever a gosto do freguês, de receber umas encomendas. É, momento IF "A repentista". Vocês chutam a bola daí que eu rebato no peito. Vamos lá:

- Por acaso tem mais alguma coisa que vocês gostariam de saber da minha vidinha IF?
- Ou algum assunto que vocês gostariam que eu voltasse a abordar?
- Quais são as historinhas que não podem faltar?

Idéias, sugestões e críticas também são muito bem vindos. Principalmente de vocês, meus companheiros fiéis de viagem, meus amigos, a minha grande companhia nas noites frias e silenciosas de Palmdale.

Aguardo ansiosamente, para variar. Aqui no bloguito ou "in off". Mil beijos amorosos da sua escritora Incrivelmente falível, que está ficando a cada dia mais saidinha.


PS: O resultado desse post está no tag "a pedidos".

08 maio 2011

Um desenho colorido

-

Esse foi o meu presente, olha.
Mas olha devagar.
Veja os confetes, a purpurina, a cara da mãe no prato descartável.
O brochinho de flor com a foto 3x4.
Os sacos de papel e a mãozinha pintada.

Hoje quando elas me entregaram isso, eu as apertei muito.
Aquela velha vontade de congelar o momento.
Pensei que vai chegar um dia das mães em que vou acordar sem sorriso de criança e sem papéis cor de rosa.
Pensei que a minha mãe acordou hoje sem um filho por perto.
Pensei em quem já não tem mais a mãe aqui.
Pensei nas filhas de Cida, a minha amiga querida que partiu a pouco tempo.
Pensei naquelas mães que perderam seus filhos na escola do Rio.
Pensei e orei por elas.

E agradeci a Deus
Pelo previlégio imenso de ter mãe - e a minha é uma guardiã Incrível-,
Por ser mãe e assim estudar na maior universidade do amor do mundo.
Enfim, por fazer parte da família sorridente do desenho colorido que hoje elas fizeram para mim.

06 maio 2011

Que venha o melhor!


Hoje me lembrei do filme "O náufrago", da cena em que o Chuck Noland, personagem do Tom Hanks, recebeu do mar o material (um pedaço da lataria do avião) que se tornaria a vela de sua jangada para sair da ilha.

Amo esse filme e adoro essa metáfora. Perceber que estamos de frente para um mar de ondas interruptas. Que sempre nos trazem elementos novos para nos auxiliar a nos deslocar de um lugar ou de uma situação para outra.


Pensei no meu momento biruta.
O tempo acabando,
O passado batendo em uma porta, 
O futuro na outra,
E os pensamentos embaralhados sem a menor assistência.
Comecei a arrumar as coisas.
Não sei para onde,
Cada hora uma novidade,
Agora é o filho que não quer mais voltar.
Novela mexicana perde feio,
Mas já estou de saco cheio da agonia.
Vou assumir a minha birutice
E arrumar as minhas caixinhas
Mesmo sem saber no que vai dar.
Arrumando por fora para arrumar por dentro
E vice-versa.
Acabei de tomar um super banho,
Estou fresquinha de corpo e de cuca,
Prontinha para encarar uma nova fase IF.
Pronta para sair desta ilha.
Só mais um mês.
Vamos ver daqui até lá o que a maré vai trazer para mim.


05 maio 2011

Anika


Eu não sei exatamente porque não quero ter animais.
Se é por não gostar deles,
Ou se é por gostar muito.

Não suporto a idéia de ter alguém com uma vida ordinária por perto,
Sob a minha responsabilidade.
Nem um peixe.
Um pássaro em uma gaiola então é algo que me aflige.
Eu me coloco imediatamente no seu lugar.

Imagino que para ter um cão devemos brincar com ele, levá-lo para passear e fazê-lo feliz.
No mínimo.
Muito trabalho,
E eu não dou conta.

Só abri excessão para ela,
Que foi um presente de um pai.
Trouxe-a para cá,
E vou levá-la comigo até o último dia.

Esta semana foi difícil pra gente.
Ela tem cinco anos e nunca namorou,
Precisava fazer a cirurgia,
Ou ter filhotes.
Mais um dilema,
Até que o veterinário me convenceu.
Ela operou hoje.
Parece que está com muita dor porque não quer nem sentar.
Consegui colocá-la para deitar me deitando junto,
E chorei.
Pela dor que ela está sentindo,
Por ter levado-a para a cirurgia sem a sua autorização,
Por privá-la da função natural de se reproduzir.
Me arrependi.
Está vendo aí?
Eu não sei se gosto ou não
De amá-la demais.

02 maio 2011

Como é? Você bateu seu carro no carro dele???


Corro a semana inteira para comprar e encomendar tudo, na quinta shopping para comprar roupas novas para elas, ok. Na sexta cupcakes para parabéns na escola, compro balões, não deixam entrar balões, ok. Tudo certo para depois da aula: cinema e jantar com todo mundo, o PIF diz que vem, de última hora a ex-mulher diz que não pode, ok. Vamos sem eles, tudo certo, filme ótimo, jantar também, etapa 2 cumprida. Acordo cedo no sábado para fazer surpresa para a filha, etapa 3 ok, eles chegam ao meio dia, pensei que fôssemos sair para almoçar, mas já tinham almoçado. Dia da festa, etapa 4, marcada para às 3 pm, filhos com fome, vou comprar alguma coisa para comer. Pego a chave, todo mundo brincando na garagem, dá licença que mamãe vai alí comprar comida, chega pra lá, 1, 2, 3, 4, cachorro, ok. Pra onde eu tô indo mesmo? Ah, ok. Abro o portão com o controle, dou ré e....


POW!

Que merda, atropelei a bicicleta, pensei.
Não, que merda merdona grandona horrorosa, não foi a bicicleta, constatei.

A BMW dele. Pára-choques arrasados.


As meninas fizeram um OOOHHHHHHHHH!!!! em coro, sincronizado com o solo do JUMENTAAAAAAA!!!!!!!! que falei para mim.
Resgate do passado, era assim que meu irmãozinho lindo me chamava quando eu fazia besteira nas poucas aulas de auto-escola que ele me deu antes de desistir, dizendo que era caso perdido.

E a minha cara para ir contar pra ele?

- Steve, bati em seu carro. De vez. Um sábio amigo me ensinou que as boas notícias devem ser ditas aos poucos e as más de uma vez só.

- What???

Poor Stephen. Descobrindo a duras penas o que é conviver mais perto com uma portadora de DDA.

O PIF ficou quieto, disse que pressentiu que isso ia acontecer quando parou, pensou em descarregar e depois mudar o carro de lugar, mas estava cansado da viagem e esqueceu.

Cuidado nunca é demais com uma namorada IF... Fiquei murchinha, disfarçando para não atrapalhar a alegria do aniversário da minha menina. Desde os dezenove anos não batia um carro (pela graça da equipe do céu, eu sei, nesse intervalo foram pelo menos uns 1926 "quases").

Mas eu sei que faz parte. A gente tem que aceitar, de tempos em tempos vem um prejuízo. Quando fui acalmando, fui chegando mais pertinho, fazendo um denguinho e ele disse:

- Estando com você pode o carro até pegar fogo que eu não ligo.

É, eu acho que ele me ama. Já que precisamos pensar no lado bom das coisas, valeu para ouvir essa. E para ter mais um post no meu rol de Inesquecíveis, Impressionantes e Insuperáveis trapalhadas Incríveis. OMG!