15 novembro 2011

Reset



Já determinei no meu estatuto IF que não devo escrever quando estou triste. Porque posso baixar o astral quem vem aqui me ver feliz. Mas depois pensei que talvez tenha gente triste do lado de lá também. Ou melhor, talvez tenha gente feliz que vai ficar mais feliz ainda e grato pela boa fase que está passando.

Hoje não foi nada fácil. Uma notícia muito triste do Brasil, mil conflitos internos, enxaqueca e para completar a minha dócil cadela maltês resolveu morder um menino na porta da escola. Fiquei com medo de acabar o dia na cadeia pelas caras das mães ao redor. O que me salvou foi a inocência, Anika estava presa na coleira e foi o menino que avançou para brincar com ela.

E o texto da aula de hoje saiu uma porcaria, lógico. Não respondi a pergunta que a professora queria e tudo deu a entender que estava água com açúcar demais. Me deu vontade de sair correndo de lá, destruir tudo e nunca mais escrever.

Faniquito de principiante, olha eu já aqui. Resolvi reconsiderar a decisão para dividir o pensamento da vinda no carro. Assim, se eu acho que a história está ruim, posso simplesmente começar a escrever outra. Mudo os personagens, o conflito e o lugar onde ela se passa. É só abrir um novo documento no word.

Mas e na vida? Onde estão os botões do delete, do reset, o ctrl C, o ctrl V e aquela setinha UP que nos permite inserir algumas coisas que deixamos de colocar lá atrás? Como podemos voltar atrás no que dissemos? Como fazemos para dizer o que queríamos para quem já não está mais aqui?  Como podemos voltar pro começo e sermos melhores? Dá para mudar os personagens a nossa volta? Que botão se aperta para pegar de volta uma oportunidade perdida?

Diga aí, dá para escrever uma nova história?

Em alguns casos sim, e a saga da IF na California é uma prova disso. Temos a possibilidade de mudar, de tentar de novo com outro alguém, de fazer algo diferente ou de viver em um outro lugar.


Em outras, não. Estamos a mercê do Grande Autor e do curso da escola da vida.
Só nos cabe ter a sabedoria necessária para lidar com as situações e tirar algum aprendizado delas.

É só, eu acho. É isso que me explica. Desculpa aí os leitores que vieram rir um pouco e curtir um final feliz, esse blog foi mesmo bolado para descontrair. Porém, se é que posso considerar assim, tenho uma notícia boa; vou fazer as pazes com o livrinho. Porque  definitivamente inventar histórias é bem mais fácil do que vivê-las. E se for por bem colocar açúcar no que está azedo ou amargo demais, que assim seja. É para isso que existem os escritores Incrivelmente falíveis.

5 comentários:

  1. Ser Incrivel Falível eh existir. Existência estah ligada a alegrias e tristezas, tudojuntoemisturado mas o que eh absolutamente Incrivel eh a capacidade de transformação da vida em VIDA vencendo as pedras do caminho. Fofa, hj, por exemplo, vc estah triste mas tem uma linda capacidade de me fazer feliz pelo abraço e por te la fisicamente ao meu lado. Cheguei, estou aqui com vc. Bjs, te amo e não esqueça que faz tantas pessoas felizes!!! Obaaaaaaa, temos vc!!!

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  2. Acho que esse blog, além da função de descontrair, ele tem tb a função de manter vc mais próxima de nós. Seja feliz, para vibrarmos juntos, ou triste, para que possamos te ajudar de alguma forma. Por isso estamos aqui para o que der e vier. Bjs
    Aline

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  3. No word há páginas começadas que ficam lá ao sabor da eternidade, em stand by, à espera do talvez nunca... Como não? Se o word nos parece companheiro e conivente, é frio e não compreende o por favor, obrigada e o desculpe. E na hora de partir pro abraço, depois de um faniquito, só mesmo um amigo, um filho, ou um cachorrinho maltês. <3 Fique bem!

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  4. A Incrível

    Não tem porque você ficar triste, pois, você tem uma família feliz; três filhos lindos, sadios e que muito a amam, sei que seu irmão Marcos é mais que um amigo, um irmão de verdade. Não deixe que atristeza lhe envolva com rótulo de saudade. Quando esta apertar, volte, creio que aqueles que a amam estarão aqui de braços abertos para aquecê-la e matar as saudades.Bjss da tia Carminha, tio Antonio, André, Fernando e Beto.

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A INCRÍVEL falível espera ansiosamente por um comentário seu: