06 novembro 2011

Para os que seguem abraçados



Lembro-me que na fase do namoro poderíamos dormir abraçados apertadinhos em um sofá qualquer ou na minha cama de solteiro na casa dos meus pais. Quando nos casamos compramos uma cama de casal, depois uma queen e quando fizemos dez anos de casados mudamos para uma king size. É interessante pensar que a medida que a nossa cama foi crescendo nós fomos ficando cada vez mais distantes.

Acabo de escrever este parágrafo no livrinho IF. Trata-se de um capítulo em que o personagem fala sobre a separação, num pensamento bem comum para muitos de nós.

Mas a minha admiração Incrível de hoje vai para os que não entraram nesse percentual falível, para os grandes sobreviventes, os sortudos, na minha opinião os heróis na arte de amar.

Deixo aqui estampada a minha inveja bem branca desses casais. São poucos na verdade os que conheço, mas sei bem quais são e quando estou perto deles tenho que tomar cuidado para não deixar que eles percebam a minha cara babona em décimo grau.

Conheço duas mulheres na faixa dos quarenta anos que se casaram com o primeiro e me dizem que nunca querem conhecer outro homem na vida.

Tem uma que com trinta anos de casada, o marido foi transferido para uma cidade perto e assim teria que ir na segunda e voltar na sexta toda semana. Eu no caso dela, soltaria foguete (tsc, tsc) com a possibilidade de esquentar as coisas com a saudade. Eles? Choravam toda noite. Resultado; o maridão passou a dirigir três horas para ir e três para voltar todos os dias até que os dois pudessem se mudar.

Conheço casais que já são avós que se olham com brilho e só saeem de mãos dadas.
Conheço marido que não começa a comer antes que a mulher chegue.
Casais que se chamam de amor e só falam coisas boas um do outro diante dos outros.
Casais que se cuidam na hora da doença porque têm muito medo de se perder.
Casais que se abraçam no cinema, no avião, na rua e na igreja.
Casais que esperam que o mau humor passe, que a tpm passe, qua a vontade de se separar passe.
Casais que conversam o problema de cada dia antes de ir para cama.
Casais que se entendem, que se respeitam, que se admiram, que conversam no restaurante.
Casais que têm assunto.
Casais vencedores de provas duras como tédio, ciúme, competição, dificuldades financeiras, chegada dos filhos, ronco e compartilhamento de banheiro.
Casais que se perdoam.
Casais que dão suporte um ao outro; sobre seus projetos, sonhos e anseios pessoais.
Casais formados por duas pessoas distintas que cresceram, mudaram, se realizaram e mesmo assim continuaram juntas.


Para eles tiro o meu chapéu e abaixo a cabeça, como uma súdita qualquer quando vê os reis passarem.

Eles são as provas que podem existir personagens que amam de verdade. Que sorte eu tive de conhecer alguns, só assim vou poder começar a escrever sobre esperança. Já chega de histórias de camas grandes com abismos no meio.

8 comentários:

  1. Reencontrei o amor da minha vida. Tô tão feliz!!!!!

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  2. A dinâmica da vida nos dirige. Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo – um sorriso.

    Antonio Jose Rodrigues

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  3. É assim com meus pais e no meu casamento também. :) bjs

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  4. É de dar inveja mesmo. Conheço poucos, meus avós por exemplo, juntinhos há mais de 60 anos, aturando-se e amando-se muito.
    #queroumamorassim

    bjo, IF e boas escritas no livrinho!

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  5. Isinha, estou tão feliz por vc...
    Antonio, seja bem vindo!
    Cau, isso é benção de geração para geração! Que Deus a conserve!
    E Paty, deixa estar que a gente chega lá, estamos em treinamento, uma hora a gente vai conseguir! Bjs!

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  6. hum..m aho q estou numa dessas raridades...q Deus conserve e os anjos digam amem...

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  7. Que o amor esteja sempre no ar.... me sinto abençoada por ter encontrado minha cara metade, nem tudo são flores, porém o amor, a amizade e a cumplicidade superam tudo.
    Vamos amar sempre, ser paciente e sabias...
    grande beijo
    vielka

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  8. Beth e Vivi, que Deus abençoe sempre a família de vocês!

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