25 julho 2012

Viva os amigos que ficam!



Volta e meia vem alguém me reclamar de uma decepção. Com amigos, com a mulher, com um funcionário. Outro dia um me perguntou: -Você acha que vale a pena acreditar nas pessoas?
Siiiiiiiimmmmm!!!!!!!! Penso assim mesmo sofrendo decepções, algumas bem duras. Isso me faz lembrar o meu irmãozinho IF que tem uma tática para quem lhe faz ou lhe trata mal. É interessante, ele recebe uma fechada no trânsito e fala: "- Que Deus abençoe". É uma bater o telefone na cara dele e ele imediatamente diz "Deus abençoe" E não é que corta a raiva na hora? Aprendi e peço a Deus que abençoe a todos que um dia me decepcionaram, traíram ou julgaram mal.
Perdoar sempre, cumprimentar civilizadamente também. Continuar como antes às vezes não dá. Excluir do convívio às vezes é necessário. 

Acredito que existem fases evolutivas distintas, graus de maturidade para saber se relacionar também. Vou ficar quebrando a cabeça para entender, para julgar ou perder meu tempo para me vingar de alguém? Eu não, tô nem aí para quem não vale a pena.
Fui até puxar no arquivo o botão do  quem lembra? É isso ai, não estou nem chegando para o que pensam ou falam quem não me interessa.
Acho que penso assim porque não para de chegar gente nova e boa. Não seca a fonte. Pessoas maravilhosas estão a nossa volta e se aproximam de acordo com a frequência com que vibramos. Se você é da paz, sabe amar e deseja o bem a vida dá voltas em espiral e as pessoas certas chegam.
Comecei a fazer uma conta de quantos amigos fiz nesses últimos dois anos, contando com quem conheci nos States, os amigos virtuais e o resgate de uns queridos que tinha perdido o contato. 
Muitos. 
Certo que me movimentei bastante para isso, gosto mesmo de viajar, de conhecer gente, adoro alimentar as amizades de sempre, até futucar o face para achar uns amigos extraviados... Adoro promover encontros, acho até que isso é uma missão. Não é a toa que vou começar a trabalhar com isso, quem sabe ainda não ganho algum?
E é como se diz por aí, "é que nem biscoito, vai um e vem dezoito". Esse um que foi, com certeza não merecia ficar, e que Deus o abençoe. Os de valor nunca vão. E nos dezoito que chegam, há de vir surpresas boas.
E pelos que importam vale tudo. Viva quem merece, eles valem a nossa energia! Por eles superamos ausências e mal entendidos. É sempre um desafio aceitar as limitações do outro e reconhecer as nossas, querer o pacote completo, harmonizar as diferenças, esquecer o que não vale a pena lembrar. Isso é amor né? Mas por muito sisso vale muito a pena, afinal tem algum incrível infalível aí?
Só fica difícil de resolver quando alguém deixa estremecer o alicerce da amizade, a confiança. Esses possivelmente irão ficar pelo caminho. E para eles o quê? Isso, rs, Deus abençoe. E bola para frente!
Por isso, de presente de dia do amigo IF... isso é, dia do amigo atrasado, ou de dia qualquer pois todo dia é dia de amar os amigos, queria dizer VIVA OS AMIGOS QUE FICAM! Eles são a maior prova que amar vale a pena. Viva os amigos que nos aguentam há anos. Viva os recém-chegados! Viva os amigos que estão por vir. Viva as pessoas com quem a gente adora estar aqui, na rua, na chuva ou na fazenda. A família que pudemos escolher. E não posso fechar sem lembrar que eu me acho "a Incrível" por ter conseguido encontrar, conquistar e manter amigos como vocês. Fiquem para sempre, please!


11 julho 2012

IF in Rio


Licença prêmio! Uma semana de férias sem as crianças... ops, cadê eu? Rio! E o melhor, sem programação, com bastante tempo livre para pensar e escrever aqui.

Hoje depois de correr na Lagoa Rodrigo de Freitas parei para tomar um côco. VIP, deve ser, é porque a R$ 3,50... Baiano não se conforma, rs. Deve ser porque o cara o serve numa tigelinha pra gente segurar, é um côco com bossa sabe? Ou porque tem canudo nas cores do FLA e do FLU. Não, é porque fica longe dos coquerais né? Tadinhos, não tem uma estrada do côco, umas fazendas do côco, umas praias de côco por aqui... ;)
Enfim, parei pra tomar o côco de ouro enquanto me alongava sentada em um banco. Passava um minuto em cada posição como manda o figurino. Entre uma e outra parava para admirar a Lagoa e pensar como foi mesmo que eu dei a volta correndo naquilo tudo.  Que estrutura bacana, que beleza de pista para correr! Sim, teria uma ponta de inveja no ar se eu não estivesse me sentindo "da área". Juro, quem me visse lá de roupinha de malhar, viseira e óculos diria que eu era nascida e criada na Lagoa.


Passeando em Santa Teresa é a mesma coisa, só que aí tenho que mudar o figurino. Sainha rasgada, blusa xadrez por cima da camiseta, tênias all star. E ter que ser tudo meio velho sabe? Faz parte. O cabelo é preso como quem não está nem aí em como prender o cabelo. Pegou?


Ah, e como esquecer o meu passeio no Projac? Uma grande oportunidade, graças ao meu amor. Em três horas por lá fui apresentada a Claudinha Abreu, assisti seu ensaio e a gravação de algumas cenas, ganhei beijo da Lady Francisco, elogio da Aracy Balabanian, abracei a Titina Medeiros, quase fui atropelada pelo carrinho do Vlad com a Fernandinha Torres e a Andréia Beltrão, almocei em frente da Malu Galli e perguntei o caminho da saída para o Antônio Fagundes.


Sim, porquê já deu né? Muita informação! Peguei um tx e fui pro shopping me esparramar em uma cadeira maravilhosa desses cinemas de agora e assistir "Para Roma com amor", do Woody Allen. Aaaaahhhhhhh........ Cada um busca seu prazer aonde quer! O personagem do Roberto Benigni dá um show e caiu como uma luva no meu dia. Ele faz um homem comum fantástico que é confundido com um famoso medíocre, imperdível! Não é lindo como "Meia noite em Paris", um dos meus filmes favoritos dele que ainda vai ter um post aqui, mas vale demais o ingresso, mesmo naquele cinema chique.


E o Jardim Botânico, o que é aquilo? Passeei sozinha, sem pressa, ouvindo Bethania. Não olhei mapa nem seta, ia andando e virando para onde dava na telha. Deitei no banco para olhar direito as palmeiras, tirei foto das orquídeas, tirei foto de mim. Pensei no Tom Jobim, respirei fundo até o peito inchar várias vezes. Observei as crianças, os turistas (sentiu o distanciamento?), os mais velhos e me senti como um deles, com o mesmo tempo, com o mesmo ar de contemplação.


Você aí, diria que eu não sou daqui, que estava alí pela primeira vez? No way! A não ser que eu abrisse a boca. Mas até pra isso tem jeito, basta colocar um som aberto parecido como o (a) em todas as sílabas! E aí(a), te convenci(a) que sou cario(a)ca ou não(a)?
Brincadeira, o sotaque carioca é totalmente dispensável. 


Ai, que bom, e ainda tenho três dias para curtir essa cidade número dois no meu coração. Melhor ainda ela fica quando eu a compartilho com vocês. Adoooro!!! Estão aqui comigo, tudo que eu vejo quero contar, como uma boba que vem da roça e se deslumbra com tudo. Ah, eu vim de lá né? Pois é, ainda bem, me deslumbro mesmo.

10 julho 2012

Pão De Cada Dia


Estou vindo de umas férias na roça, passei três semanas por lá. No último amanhecer daqueles dias senti uma vontade absurda de agradecer à Deus. Comecei orando o Pai Nosso, mas a parte do "O pão nosso de cada dia nos dai hoje" me pareceu muito pouco, nem sequer conta com a palavra "agradeço" para começar a frase! Daí fiz uma oração espontânea utilizando todas as palavras do meu repertório de gratidão, mas mesmo assim me pareceu muito fraco.

Joelhos no chão, mãos entrelaçadas sobre a cama, cabeça baixa. Respirei fundo. Aí sim, lentamente consegui me sentir suficientemente grata. O coração em paz. E chorei ao lembrar de alguns motivos:

Porque eu amo. Intensamente, algumas vezes incondicionalmente. Porque eu penso e percebo que a cada dia tenho mais cuidado com as palavras para não ferir os outros. Porque eu respiro e posso pegar oxigênio novinho a cada segundo. Posso sentir o cheiro da terra, do café e dos cangotes dos meus filhos. Porque eu consigo ver todas as cores, distinguir vinte tons de lilás. Porque eu sei andar e até correr e isso me faz sentir Incrível. Porque eu falo e sei falar de muitas formas. Porque eu sei escrever e escrevo sobre o amor. Porque eu tenho quem me leia! Porque amanhã vai ser um novo dia cheio de oportunidades. Porque mantenho amigos há mais de vinte anos. Porque é sempre tempo de fazer um novo amigo. Porque nada dói em meu corpo neste momento. Porque mesmo já tendo feito tantas bobagens eu sou amada. Porque não guardo mágoa de ninguém em meu coração. Porque aprendi a me perdoar. Porque posso tirar uma fruta do pé, porque existe chocolate, porque tomo banho quente. Porque aprendi a pedir desculpas e o melhor, até quando me sinto certa, só para evitar uma confusão. Porque acredito nas pessoas e no futuro, no meu coração transborda a esperança.

Daí (suspiro), cheguei na cidade e em dois dias ouvi três pessoas muito próximas me falarem sobre os seus sentimentos. Tristeza, solidão, letargia, angústia e ansiedade. Eles reclamavam dos mesmos sintomas mesmo sem se conhecerem. Poderia parecer coincidência se estas queixas não fossem tão comuns nesses últimos tempos. Falar que está deprimido hoje em dia já é quase tão normal quanto falar que gripou.

Comecei a pensar e a comparar a vida dessas pessoas com a minha, ainda inebriada pela sensação de gratidão da roça. Percebi que não éramos muito diferentes: idades, classe social, famílias, saúde, basicamente a mesma coisa. Os três possuem as oportunidades e são capazes de realizar todas as "proezas" do parágrafo grandão acima.

Então qual é a diferença?

Deixando um pouco de lado as questões física, biológica, genética, social e as demais que são estudadas diariamente e das quais não posso nem quero me atrever a discorrer, acho que o principal motivo das pessoas se sentirem assim é porquê elas não se enxergam.

Não enxergam seus potenciais, seus méritos, seus valores, seus amores, seus talentos, suas conquistas, suas chances, seus presentes, suas setas e seus avanços!

E sempre sem medo de ser feliz, aí vai mais uma teoria IF: Eu acredito que ser feliz é ser grato pelo que se tem. E com olhos e coração bem abertos. Essa gratidão vem do reconhecimento por tudo que Deus, esse grande mentor do universo, nos dá.

Eu tenho uma tia que recebe uma aposentadoria muito pequena. Por ela não ter filhos e eu a amar muito, sempre pergunto se ela está precisando de alguma coisa. E ela sempre dá a mesma resposta, "Preciso de nada Val, pense em uma pessoa que tem tudo que precisa, essa sou eu." Professora de felicidade, a danada.

Outra grande mestra foi a vida com suas lições, as dores que senti. Sofri o suficiente para saber valorizar qualquer momento de alegria.

Se temos a consciência do que temos e vivemos, deste grande privilégio que é a nossa vida e as suas possibilidades, atravessamos os problemas com força, serenidade e lucidez. Porque sabemos que eles passam.

Agora o bem que se faz (pelos outros e por nós mesmos) e os amores que conquistamos ficam. Nos preenchem e nos fortalecem!

Por tanto queridinhos, vamos cultivar o amor. Plantar novos, adubar os antigos. Regar a nossa capacidade de perdoar, aos outros e a nós mesmos. Cuidar da mente, crescer como gente, cuidar do nosso corpo que é um templo. E fazer do nosso amor por Deus uma frondosa árvore no peito, sempre cheia de novas folhas e frutos. Pedir a Ele para que nos traga a Sua paz. E por ela agradecer.













06 julho 2012

Surtando na maionese- mais uma vez



I- O que eu ia dizendo mesmo?

F- Sei lá, que importa? Estou aqui me atualizando no Facebook, curtindo umas fotos...

I- Ai, para! Eu vou precisar do computador, eu tenho que escrever no blog hoje.

F- Escrever o quê, já não tínhamos decidido parar com isso?

I- Eu não, você decidiu! Eu morro de saudade! Tanto a dizer, tantos amigos que eu só encontro na net...

F- Haha. Se fossem amigos você os encontraria em qualquer lugar. Já te disse que é muita exposição, que no Brasil precisamos ter cuidado e que ninguém vai perder tempo lendo as potocas que você escreve.

I- Se ninguém vai ler então qual é o perigo?

F- Humpf! Vai trabalhar mulher! Precisamos encontrar algo que nos traga retorno. As mudanças foram feitas, as crianças adaptadas, aprendeu um pouquinho de Espanhol e um quase nada de Francês, agora é hora de render!

I- Poxa, você não acredita mesmo na gente não é? Uma coisa é uma coisa e a outra é a outra filha! Podemos trabalhar e escrever, viver e sonhar! Ou você acha que vai ter sucesso em um trabalho formal a essa altura? Bora levantar a idéia do site!

F- Mas aquilo é uma viagem! Uma idéia de chuveiro. Um pensamento bobo num banho, não sei pra que te contei.

I- Aha! Quer dizer que agora as idéias tem que esperar a gente tomar banho e vestir uma roupa social para chegarem?

F- Quieta! Eu nem sei se existe isso, vamos agora inventar agora um ramo de negócios, nem sei que tipo de firma dá para abrir com essa função. Imagine: "Empresa de eventos inusitados e Incríveis voltada para desenvolvimento pessoal, lazer, relacionamentos, cultura, responsabilidade social e o que ocorrer"?

I-  Hahahahahhhh!!!! Não é o máximo??

F- Você é maluca mesmo, sinceramente não entendo como nós duas podemos morar na mesma pessoa.

I- Neguinha, escuta. Vamos começar. A gente dá um passinho pequeno. Lembra daquele conceito do Paulo Coelho que quando a gente quer e se movimenta o universo conspira ao nosso favor? Vamos ver qual é! Se rolar dá outro maior. E se não rolar o que de pior pode acontecer?

F- Não rolar. Parar. Zerar. Me danar. E te esguelar!

I- Isso! rsrs. Sacou mana?

F- Tá, vou pensar, posso entrar no Face agora?

I- Não. Antes eu preciso dizer que eu amo esse blog, que por mais que você me repreenda, me ache infantil, piegas, exibida, inconsequente e bem doidinha, que eu não desisto dele! Que o prazer que sinto aqui eu não encontro em lugar nenhum. Que a alegria que sinto quando alguém diz que sente falta dos meus textos é indescritível! Que eu ss......

F- Chega! Vixe! Quem aguenta? Fica assim então, você toca o blog que eu vou ver o que dá pra fazer no site. E anda logo com isso que eu quero assistir "Gabriela".

I- Te amo "moça bonita"! Ainda bem que você não é como ela que nasceu assim, cresceu assim e vai ser sempre assim, kkkk... Que venha uma nova fase! E toma, o computer é todo seu.