01 agosto 2014

Muito bem acompanhada

Nos domingos a noite eu sempre sinto falta de um namorado. Nos dias dos namorados sinto muita. Sinto falta quando saio com os casais de amigos, e também sinto quando vejo garrafas de vinhos no supermercado.
Mas raramente sinto nas sextas, dificilmente na rotina da minha casa e nunca, nunquinha quando viajo de férias com meus filhos. 
Eles estão ficando cada vez mais legais. Fazem as próprias pesquisas de onde querem ir, me chamam atenção pra eu não dormir no ponto, contam piadas, brincam e brigam o tempo todo, posso estar mais relaxada floreando demais as coisas, mas me parece que até as brigas estão ficando um pouquinho mais maduras. Os nossos quartos de hotel viram festas de pijamas, primeiro tem uma disputa pra ver quem fica com quem, e ainda há uma escala para dormir com a mamãe e ficar ao meu lado no avião, é, eu ainda estou com essa bola toda.
Quantas experiências inesquecíveis tivemos, nós cinco. Acho um privilegio viajar com a minha mãe, poder curtir vitrines bonitas com ela pelo mundo sem pressa. Ouvi-la tocar nos pianos que encontramos pelo caminho, poder deixar os meninos com ela pra dar uma escapulida e depois comentarmos a vida nas poltronas do avião.
Demorou pra eu entender que a minha família não tinha um buraco que deveria ser ocupado por um homem, a minha família é integra como ela é. Com a participação especial de dois homens bacanérrimos, o meu filho e o meu irmão que nunca viaja com a gente porque alguém tem que trabalhar nessa família!
É estranho para uma ex super ansiosa fcar tranquila, sentir como se tivesse ainda outros 40 anos para viver, numa boa. Sem remédios, sem nunca ter fumado nada, sem terapia. Simplesmente acalmei. Sei que estes momentos com essa galera que saiu de mim estão contados, eu tenho que aproveitar. Algo me diz que por ter começado a vida cedo demais ainda vou ter tempo de casar de novo sem filhos por perto, mais na frente. E se… Ah, e se! Se não tiver, tudo bem. O que vivi ate agora foi tanto que tudo bem. Tudo bem se eu for e se eu ficar. Nada mais importa, curtir a vida com meus filhos é hoje o meu melhor programa. 


3 comentários:

  1. Oi Val,
    Tinha acompanhado sua viagem pelo Instagram e agora as fotos que estavam na minha memória ilustraram os textos lindos que li aqui no blog.
    Tudo de melhor pra vocês.
    Beijos,
    Claudinha

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    1. É maravilhoso manter essa amizade virtual com você Cau, que sempre teve o meu carinho e admiração. Alguns amigos dizem que sabiam mais de mim quando eu morava no States e escrevia no blog do que agora. Viva então essa forma de expressão e ligação! Obrigada querida e tudo de melhor pra vc tb!! Beijos!!!

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  2. Comentei no Face, mas gosto mesmo daqui, acho que faz mais sentido... rsrs
    Coisa boa à gente se sentir feliz com a família que temos. Hoje elas são diversas, a minha, por exemplo, também é diferente e eu sempre explico p minha filha que ser diferente é normal... rsrs (ela entende da forma dela).
    Maturidade saber compreender o que temos e ser feliz assim. De qq forma muito bom quando amamos porque amor é sempre bom... rsrsrs
    Concordo com vc Lela!!!
    Beijos p vc e para sua completa família....

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