20 março 2015

Uma fila cheia de história


A minha amiga Mel, que mora longe e não pôde vir, pediu para eu descrever o lançamento do livro no blog. É bem possível que eu não alcance com palavras a intensidade do que senti, mas vamos lá! O evento foi do tamanho da força do meu maior trunfo, o que me faz sentir realmente Incrível: as pessoas à minha volta.
Só pode ser por conta de uma conexão com o Divino. Quanto menos eu penso em quem “poderia ser o melhor”, e simplesmente deixo a cargo de quem está próximo, de quem apareceu naturalmente, em quem mais eu conheço e confio, mais dá tudo certo.
Como será que fica então, um livro revisado e prefaciado por uma doutora em letras, que também é a minha tia, ilustrado por um talentoso artista que é o meu melhor amigo, diagramado por uma equipe que gostou das estórias, e impresso com tanto cuidado por amigos de minha mãe que me viram criança?
Isso, num evento produzido por uma amiga irmã, iluminado por outra, fotografado pela mesma pessoa que fotografa a minha família há vinte anos. Onde os seguranças são amigos, a equipe de manobristas idem, do cabeleireiro ao músico, todos estavam afinados, vibrando! O caixa ficou por conta do meu grupo de voluntariado, que vai dar um bom destino ao dinheiro arrecadado. A divulgação, por amigos que se mobilizaram de toda parte do Brasil e também de fora. O George, amigo da California e leitor das antigas, conseguiu de lá a minha primeira entrevista na TV. Seus colegas jornalistas não me conheciam, eu não tinha livro pra mandar ainda, mas ele os convenceu que valeria a pena.
Pelo menos pra mim valeu, e muito! Me senti muito mais à vontade nas entrevistas de radio e TV do que no teatro, ou falando em público. Engraçado que um dos meus pesadelos recorrentes é o de estar no palco, abrirem-se as cortinas e eu não saber o texto ou o que fazer. Imagina o terror. Mas ali, eu falava do que eu mais sei, esse livro brotou de meus sentimentos e foi ruminado centenas de vezes, eu poderia falar dele por horas! 
Diga-me você, Mel, se imagina a emoção que senti ao chegar naquele espaço, com a junção de toda essa energia. Vou deixá-la imaginar também, o que foi sentar naquela cadeira, pegar uma caneta e ver surgir uma fila na minha frente, de personagens dos meus quarenta anos de história, com o livrinho amarelo tão sonhado nas mãos. Amigos de meus pais, amigos de infância, da universidade, da época de casada, os que vieram depois que eu separei, do RH onde trabalhei, uma grande parte da minha família e até uns estranhos, atraídos pelas entrevistas!
Mas, de todos, os que mais vibraram foram os leitores do blog. Quem, como você, viu a idéia nascer, os que me conheceram ou se aproximaram por aqui, que são os amigos que a Incrível Falível me deu!
O evento estava marcado para às 16:30, e quando eu cheguei às 16:00 já tinha gente me esperando. Passei cinco horas escrevendo, abraçando os queridos e tirando fotos, com só uma parada pra um pipi rápido. E terminei tão feliz e abastecida que ainda saí com uma turma pra ouvir música e celebrar! Foi nesse bar, que vi o relógio do celular marcar 00:02. Eu tinha feito 40 anos e esse livro foi o melhor presente que eu ousei ganhar. Será, escritora falível que sou, que consegui me expressar? Então esqueça tudo, dê uma olhada no tamanho desse sorriso, e diga você: sabe como foi?


Foto: Carlos Alcântara


3, 2, 1, gravando!


O simpático Dalmir, radialista da Bandnews, acabou de me ligar pra gravar uma entrevista. Perguntou se poderia ser agora, eu falei: lógico! Tirei o cabelo da toalha e sentei no sofá pra prestar bem atenção. Tinha ido dar uma corrida no Parque Ibirapuera e a chuva me pegou, chuva daquelas de dar medo, fiquei ensopada, e pensei na hora: depois da tempestade vem a bonança, nem só de trapalhadas passa-se o dia de uma IF. Ele perguntou se tinha um tel fixo pra melhorar a qualidade, eu disse que não, expliquei que estou no ap do filho e esses rapazes não sabem pra que servem os tels fixos, agora vou dizer pra ele que se ele quiser falar na rádio vai precisar de um, rs. Ele disse que iria gravar pelo cel mesmo. 3, 2, 1, gravando: - Estou aqui com a escritora Valéria Figueira.... Parei. Vi outro raio clarear tudo, mesmo dentro do pequeno ap. Eu já sou uma escritora? Basta escrever um livro para virar uma escritora? Ninguém tinha me dito isso! Será que já posso colocar no campo "profissão" das fichas de hotel? Inspirei e me joguei, se ele está dizendo que eu sou, é porque eu sou! Ele começou assim: - Quer dizer que você vai lançar o seu livro no dia 14 de março... - Kkkkk, esse é farinha do meu saco, pensei. Daí ele consertou, e eu entrei na hora pra ajudar, pois eu acho que todos os distraídos do mundo deveriam se unir: - Já passou o lançamento, mas está na hora de comprar o livro, que está chegando nas livrarias... ... ... Posso falar os nomes das livrarias, Dalmir? - Fiquei na dúvida, não tem um lance que não pode fazer propaganda de outras empresas? Ele disse que poderia, bacana, o Dalmir. Então mandei ver, patati, patatá... foi!!! Acabei de descobrir que eu adoro esse negócio de falar na rádio. Do sofá de casa, então... Pois bem, se alguém se interessar em ouvir a entrevista de um experiente repórter, às vezes falível, com uma novata escritora, às vezes Incrível, é só sintonizar na Bandnews, 99.1, no sábado, às 9:00hs!

11 março 2015

Convite IF - Casa de Castro Alves


Emoção essa é a palavra, depois de um longo caminho. Primeiro me lancei para um desafio e nele me descobri, depois senti vontade de me expressar. Para isso criei um blog fechado para os conhecidos. Depois o abri, mas coloquei uma personagem de desenho me ilustrando. Com o tempo, coloquei o meu rosto, os meus aprendizados e os meus sentimentos. Me despi de amarras e me vesti de coragem. Aí está o resultado, o meu primeiro livro. 



08 março 2015

Pra todas as IFs!


Pra quem precisa ser forte, mas não larga a doçura.
Pra quem não se acomoda, mesmo com tantos puxões pra trás.
Pra quem se apega aos impulsos.
Pra quem entrega pro mundo o produto que tem, o que conseguiu realizar até agora, e mostra a cara, com medo, mas mostra.
Pra quem tem posição, se assume, se aceita,
E depois pode mudar de idéia, experimentar, e recomeçar.
Pra quem aprende com as crianças.
Pra quem não quer ser melhor do que os outros, e sim, de quem já foi antes.
Pra quem consegue se libertar dos julgamentos alheios.
E dos internos.
Pra quem não fala dos outros porque tem muito assunto.
Pra quem enfrenta uma situação dura inimaginável, e deixa pra chorar depois.
Pra quem não planejou a sua vida assim, mas reconhece cada passo que deu.
Pra quem ainda acredita no amor, mesmo com tanta dor, tanta falta e tanto desencontro.
Pra quem tem que ser mãe, dona de casa, amante, profissional, filha, amiga, etc, etc, etc, e ainda tem que estar com a unha do pé feita! (Essa é da amiga Magaly Evangelista​)
Pra quem, como o Djavan, não tem, e tem que ter pra dar. 
Pra quem cai na cama morta e amanhece nova.
Pra quem desabrocha com a idade que tem.
Pra quem ainda erra muito, mas se perdoa, assim perdoa os outros, e segue.
Pra quem sabe rir de si. Das bobagens, de orgulho, de nervoso, de qualquer coisa.
Pra todas mulheres que se descobrem Incríveis, mesmo sendo assim, falíveis,
Pros homens também, nesses tempos de papéis embolados,
Parabéns!
Um feliz dia, e um feliz viver.



Laercio Luz




01 março 2015

Vai meu peixe aí?


Nem só de dúvidas, cansaço e dificuldades vive-se uma recém escritora. Mesmo após dez horas em frente a esse computador, mandando releases e convites para todo lado, mesmo me sentindo culpada por não ter ido ao cinema com as filhas, mesmo com uma alergia danada e mesmo sendo domingo à noite...

Eu me sinto profundamente feliz.

Porque a gente nunca sabe a quantidade de amor que temos plantado por aí, até que chegue o momento da colheita. É impressionante o retorno que estou recebendo dos amigos para a divulgação do livro. Não só dos amigos irmãos, daqueles até que foram co-responsáveis pra eu me sentir Incrível a ponto de inventar essa história. Nem dos amigos fiéis que vejo de vez em quando. O que me causou uma deliciosa surpresa foi receber mensagens de quem eu não vejo há 1, 5, 10, 20 anos, para se colocarem à disposição, pedirem material para falar com um jornalista conhecido, dizerem que lêem e gostam do que eu escrevo e que, vão sim, lá no dia do lançamento.

Mesmo se não forem, elas já vieram. Chegaram no meu coração. 


Friozinho na barriga!!!